A equipa de sub-23 do Estoril Praia empatou hoje, a uma bola, a partida frente ao Gil Vicente, em jogo disputado no Estádio António Coimbra da Mota.

À melhor entrada da equipa da casa, a demonstrar aptidão física e vontade em querer resolver cedo o jogo, responderam muito bem os visitantes com várias ocasiões a partir dos seis minutos.

A primeira oportunidade surgiu por Guilherme Beleza que conseguiu desviar um livre lateral de André Neves, mas no caminho do golo estava Philippe Lanquetin a cortar para canto.

Este era o primeiro aviso de um assédio à baliza que se foi tornando evidente à passagem do quarto de hora. Aos 13 minutos, foi Pedro Pinto quem bateu um livre lateral para defesa apertadíssima de Rui Vieira para canto e, na sequência, Beleza permitiu duas defesas absolutamente cruciais ao guardião canarinho, em resposta a remates consecutivos ao segundo poste.

O Gil Vicente não desistia e, logo a seguir, Pedro Pinto apareceu solto na esquerda do ataque gilista, colocou a bola na cabeça de André Neves que, em muito boa posição, acertou no poste esquerdo.

Como diz o ditado futebolístico, “quem não marca, sofre”, e foi o que aconteceu. Isnaba Mané, o grande dinamizador do ataque estorilista, sofreu falta dentro da grande área e Rúben Silva-Richards não teve dificuldade em bater Daniel Silva, colocando o esférico do lado oposto de onde este se atirou.

O Estoril Praia conseguiu acalmar após o tento e até esteve perto de aumentar a vantagem quando, aos 25’, Tiago Brito rematou, de forma acrobática, por cima, mas foi mesmo o Gil Vicente que continuou a forçar até ao intervalo.

E a ameaça não podia ser mais real quando, aos 32’, num canto do lado direito batido por André Neves, Carlos Ventura enviou o esférico, pela segunda vez, ao poste esquerdo de Rui Vieira.

Dez minutos depois, o capitão Gonçalo Maia ludibriou a defensiva canarinha, ofereceu o golo a Jucélio Silva, mas este acabou por ver Lanquetin, novamente no sítio certo, a anular o lance com um corte in extremis. No seguimento, e em contra ataque, o Estoril Praia quase marcou... Manga Foe-Ondoa, sempre com os olhos postos no meio campo ofensivo, encontrou Mané que quase fez o golo com um remate em jeito, tendo enviado a bola perto do poste direito de Daniel Silva.

Antes de Bruno Costa enviar todos para o balneário, ainda houve tempo para Manga rematar rasteiro, de fora da área, para defesa apertada do guardião forasteiro.

Pouco descernimento resulta em empate

A equipa da Linha entrou bem na segunda metade com vários lances perto da grande área gilista. Lanquetin tentou primeiro, de cabeça, para boa defesa e, logo a seguir, foi Isnaba Mané que conseguiu perfurar até à pequena área, mas não conseguiu dar o melhor seguimento à jogada.

Contra a corrente do jogo, o Gil Vicente, na primeira vez que se chegou à baliza de Rui Vieira na segunda metade, conseguiu o empate, através de um golo de belo efeito, de fora da área, de Gonçalo Maia, com o esférico a sobrevoar Rui Vieira e a aninhar-se no fundo das redes.

A resposta do Estoril Praia foi interessante e para isso muito contribuíram as iniciativas de Mané, Manga e Lanquetin, os homens com sinal mais por parte da equipa da casa.

Aos 64’, no meio de vários ressaltos, o central francês quase conseguiu levar a sua avante, quando cabeceou com a bola a passar perto do poste direito.

Contudo, as várias quezílias e constantes queixas ao árbitro, fizeram com que a qualidade de jogo descesse particularmente e só aos 85’ surgiu nova ocasião de perigo. Num contra-ataque velocíssimo, Ricardo Simões, saído do banco, enviou a bola por cima quando se encontrava em excelente posição.

Até final, nota ainda para outra jogada de muito perigo do Gil Vicente que aproveitou o balanceamento ofensivo canarinho para criar oportunidades e, aos 96’, Joel Carvalho surgiu num um para um, já dentro da grande área, com Pedro Andrade, soltou para Diogo Lobo e este desperdiçou ao atirar por cima do travessão.

Apito final que resulta num empate que se ajusta ao que se passou dentro das quatro linhas com duas equipas na ânsia de alcançar o golo, mas sem a calma necessária para chegarem a vias de facto.

O próximo encontro da equipa de sub-23 dos canarinhos será em casa, frente ao Sporting CP.