O treinador principal do Estoril Praia, Ian Cathro, fez, esta manhã, a antevisão ao encontro com o atual 3º classificado, SC Braga, lembrando que a equipa quer e trabalha para crescer diariamente.

Relativamente ao oponente de amanhã, o técnico fez uma análise e elogiou a maturidade da equipa de Carlos Carvalhal: “Vamos jogar contra uma boa equipa. Foram crescendo durante a época. Já mostraram, várias vezes, que têm capacidade de ganhar de maneiras diferentes. Podem jogar muito bem no início ou sofrer um bocadinho, mas estão sempre organizados, com ordem, competitivos e têm várias maneiras para ganhar jogos. É uma equipa que tem lançado muitos jovens, mas é madura, tem experiência e um treinador muito experiente. Vamos ter um desafio grande, um jogo muito difícil, mas como disse aqui muitas vezes, nós queremos crescer também e é preciso dificuldade para crescer. Obviamente que vamos com tudo.”

Quanto às fases, positivas ou negativas, o treinador rejeita essa premissa, pois acredita que todos os desafios são completamente diferente e o próprio jogo muda durante os 90 minutos: “Acho que todos os jogos são completamente diferentes. Nem dá para pensar num jogo inteiro. O que acontece nos primeiros cinco minutos, tem impacto nos próximos minutos. Por isso, só temos que estar mesmo focados no primeiro minuto do jogo, depois o jogo vai ter a sua própria história.”

“Não aconteceu nenhum clique, passou tempo. Nós fomos crescendo em todos os momentos do jogo, também no processo diário com o trabalho do grupo e conhecendo-nos uns aos outros. Queríamos muito ter a nossa própria mentalidade e criar um Estoril Praia diferente. Para tal, é preciso fazer coisas diferentes, ter atitude e mentalidade diferente. Nada disso é fácil, mas o mais importante é garantir tempo. Senti muito apoio das pessoas que gerem o clube. Tinha a convicção e o conforto para continuar o meu trabalho com os jogadores para criar algo para podermos fazer o nosso Estoril que agora está em campo. Contudo, sentimo-nos todos em dívida, devíamos ter mais pontos e não temos. Vivemos no presente e na realidade, temos de aceitar e fazer tudo para ir atrás dos quinze que faltam”, lembrou, Ian Cathro, quando questionado sobre o que mudou durante a temporada no que toca a resultados.

Relativamente ao castigo que impede o treinador de estar no banco de suplentes, o míster foi tácito: “Sei o que disse e só pode ter sido um grande mal-entendido. Nunca minto. Tenho um enorme respeito pelo processo e pelo jogo, mas só pode ter sido um grande mal-entendido.”

“Temos conseguido algumas coisas boas pelo facto de vivermos e trabalharmos no dia-a-dia. Vivemos, realmente, no presente e colocamos muito foco e intensidade neste trabalho. Só sei viver assim, não vou projetar o futuro. Queremos ser melhores diariamente e amanhã vai ser muito difícil. Temos de estar preparados e ágeis para nos adaptarmos durante o jogo. A equipa precisa de liderança própria porque, infelizmente, não posso estar com eles [jogadores]”, perspetivou.

A finalizar, Ian Cathro lembrou que a equipa não vive na euforia, nem no drama: “O trabalho começou a ser feito desde dia 1 de julho. Focamo-nos muito mais no trabalho, nas tarefas e no que acontece no jogo. [a nível de motivação] Não é preciso fazer nada.”

O jogo com o SC Braga está marcado para amanhã, pelas 18 horas, no Estádio António Coimbra da Mota.