O treinador do Estoril Praia, Ian Cathro, fez hoje a antevisão ao jogo com o FC Arouca na sala de imprensa do Estádio António Coimbra da Mota.

O técnico começou por assegurar que a equipa já estava a responder bem ao que estava a ser trabalhado durante a semana, porém os resultados não estavam a acompanhar: “Acho que a equipa já estava a fazer 95% disso [o que trabalhava durante a semana], só que, exteriormente, isto tem de ser concretizado com a bola a entrar mais vezes de um lado e menos do outro e a equipa conseguir vitórias. A perceção muda completamente, mas, no fundo, continuamos a trabalhar.”

“Podemos falar novamente que, neste início de campeonato, sentimos verdadeiramente que passámos por algumas coisas que não deviam ter acontecido e que devíamos ter isto e mais aquilo. Podemos repeti-lo quantas vezes quisermos porque é verdade e factual. Mesmo agora, olhando para a frente, não podemos começar a perspetivar o futuro porque é impossível fazer quatro ou cinco jogos de uma vez só, só podemos focar no trabalho que está à nossa frente. Isto é, um treino, depois outro treino, depois jogo e a seguir treino e por aí adiante. Nós vivemos mesmo desta forma, por isso é que temos a capacidade que os jogadores mostraram no início do jogo passado. Falei em jogar com muita confiança e é mesmo difícil quando eles não sentem o apoio do resultado. Acho que ficou muito óbvio que a nossa equipa vai jogar com muita confiança, coragem e sem medo em qualquer momento. Também sei que, no último jogo, perguntaram se eu sentia que tinha condições em continuar como técnico do Estoril. Sinto que tenho condições, mas também sei que essa pergunta pode ser repetida no final deste jogo. Portanto, temos a capacidade de viver no momento e trabalhar de um dia para o outro”, garantiu.

Relativamente ao hat-trick de Yanis Begraoui no jogo do passado sábado com o Rio Ave, o técnico olha para o avançado como alguém com margem de progressão, tal como o restante plantel: “Não estabeleci nenhuma meta de golos com o Yanis Begraoui, e mesmo se o tivesse feito, ficaria entre nós, mas não. É um dos nossos jogadores que está a crescer, tem muita ambição, muita qualidade e um grande potencial como todos. Cada um tem de fazer o trabalho diário para melhorar e nós vivemos assim.”

Sobre o Arouca, Ian Cathro elogiou a identidade de jogo do oponente de amanhã: “Em relação ao adversário, acho que toda a gente sabe e respeita muito, não só a qualidade do trabalho desta equipa do Arouca, mas também pela identidade, pela maneira de jogar e pelas soluções que têm em posse. Percebem muito bem os tipos de pressões que os adversários podem fazer, sentem que podem ter mais controlo do jogo com bola do que sem bola, mas também é uma equipa que sabe defender e pressionar. No último jogo mostraram uma cara um pouco mais agressiva e acho que têm uma vontade grande em ter os resultados que nós também queremos ter. Vejo uma equipa super bem preparada e, de certeza absoluta, vão chegar aqui ansiosos por ganhar. Nós também.”

Jandro Orellana regressou nos últimos jogos e o mister canarinho foi questionado sobre a importância deste ‘reforço’: “Nós procuramos sempre um equilíbrio que faça sentido em função de todas as características que queremos ter presente no nosso jogo. É sempre importante ter timing, ter ordem e uma boa leitura no momento de organização. Temos vários médios que podem desempenhar esse papel. O mais importante para o Jandro é lembrar que ele teve muitos meses fora, foi importante para ele regressar e ele vai continuar...”

“Se a paragem vai ser boa ou má para o Estoril, não sei. Só saberei quando esta chegar. Hoje é quinta-feira, não faço ideia. Amanhã é sexta e depois vamos ver. Era muito claro, no momento da chegada ao jogo do Casa Pia, que estávamos a precisar de parar. Posso dizer mais uma vez que esta foi a nossa primeira paragem porque não podemos esquecer que fizemos um jogo numa data FIFA. Agora é diferente. Não vou dizer que precisamos mesmo de parar. Estamos a entrar noutro momento”, disse.

A terminar, Ian Cathro fez uma retrospetiva sobre o encontro em Vila do Conde e lembrou que a mentalidade da equipa tem de ser saber viver e lidar com a realidade: “Foquei muito nos primeiros 15/20 minutos, porque acho que a equipa entrou muito bem no jogo. Mostrámos capacidade de ser dominantes e fomos superiores ao Rio Ave neste primeiro momento, mas jogámos 70 minutos contra dez. Temos de viver na realidade. É algo que, obviamente, queremos melhorar nos dois lados e sim, podemos dizer que temos muito mais trabalho a fazer no momento defensivo. Queremos realmente melhorar em todos os momentos do jogo que é algo muito difícil. Por isso, temos de manter a cabeça fria, não viver do oito ao oitenta e andar na realidade porque há muito trabalho para fazer.”

O encontro com o FC Arouca está marcado para amanhã, pelas 20:15 horas, no Estádio António Coimbra da Mota, a contar para a 11.ª jornada da Liga Portugal Betclic.

Podes ver a conferência aqui.