Estoril Praia perde na visita ao Estádio José Gomes

A equipa de sub-23 do Estoril Praia deslocou-se, ontem, ao Estádio José Gomes, na Amadora, para defrontar o primeiro classificado da Liga Revelação, o Estrela, tendo sido derrotado por 4-2, apesar da boa imagem deixada dentro de campo.
O jogo começou da pior maneira para os comandados de Vítor Couto, pois, logo aos seis minutos, Martim Monteiro centrou do lado esquerdo para a ponta oposta da grande área onde apareceu Gustavo Figueiredo, solto de marcação, a rematar para um golaço, com a bola a entrar junto ao ângulo direito da baliza de Rui Vieira.
Não se deixando atemorizar, os canarinhos partiram em busca do empate e conseguiram avançar no terreno, equilibrando uma partida que já se antevia complicada.
À passagem do quarto de hora de jogo, Isnaba Mané, em evidência na frente de ataque forasteira, isolou Herrera que obrigou Marko Gudzulic a uma defesa de recurso para canto.
O aviso estava dado e, aos 17’, Pedro Andrade subiu pela direita sem oposição, cruzou, de forma perfeita, para Ruben Silva-Richards que atirou para o fundo das redes, de primeira. Mais um belo tento na Amadora, desta feita, o golo do empate dos estorilistas.
O Estoril Praia estava melhor na partida e a intensidade colocada em todos os lances era notória de uma equipa ávida de vitórias. Cinco minutos depois, foi Manga Foe-Ondoa quem deu seguimento a um ótimo cruzamento de Grima pela esquerda, mas Gudzulic estava bem colocado e defendeu.
Porém, as jogadas de perigo só voltaram a aparecer à chegada dos 45 minutos. Numa primeira ocasião, foi João Gastão quem quase conseguia aproveitar o facto de a relva estar seca e ter proporcionado um efeito diferente à bola quando esta bateu no chão, inclusivamente foi capaz de ultrapassar Rui Vieira, mas, já sem ângulo, enviou o esférico para fora. Dois minutos depois, Tiago Brito, de livre direto, muito longe da baliza, disparou um míssil, mas a mira não estava afinada e a tentativa saiu gorada.
20 minutos finais deitaram tudo a perder
Tal como na primeira parte, os estorilistas entraram adormecidos em campo e pagaram caro. Na sequência de um canto, logo no ínício da segunda metade, José Maria centrou em direção a Pedro Biasotto que, nas alturas, cabeceou para restabelecer a vantagem tricolor.
A resposta foi pronta e surgiu por Silva-Richards com um remate à entrada da área que saiu perto do poste esquerdo. E foi o mote para que os visitantes continuassem a acreditar que era possível sair deste encontro com um resultado positivo.
O pendor ofensivo esteve sempre do lado forasteiro, pelo que não foi de estranhar o golo do empate que apareceu aos 58 minutos. Tiago Parente rematou de fora da área, Gudzulic defendeu, com dificuldade, para a frente e Juan Herrera, entre os centrais, encostou para festejar mais um tento.
Notava-se a personalidade e a vontade de triunfar por parte dos canarinhos, apesar de ter pecado nas entradas em jogo. Contudo, os últimos 20 minutos foram fatídicos para o Estoril Praia.
A realizar uma excelente partida e na ânsia de ajudar a equipa, Mané partiu atrás de um adversário que se estava a isolar e, fruto da crença e intensidade colocada em campo, acabou mesmo por cometer grande penalidade que Afonso Carvalho converteu, embora Rui Vieira ainda tenha conseguido tocar na bola antes desta entrar.
Richards, sempre ativo na frente de ataque, ainda voltou a ameaçar com um livre direto a fazer lembrar Cristiano Ronaldo que Gudzulic desviou, com dificuldade, para canto, mas o golo desnorteou os canarinhos...
Aos 79’, Paulo Cardoso conseguiu roubar o esférico na saída de pressão estorilista, cortou para dentro e rematou para uma defesa apertada de Rui Vieira. Porém, foi apenas um prenúncio para o que iria acontecer dois minutos depois. Hélio Semedo colocou na profundidade, Simão Pedro foi mais rápido que a linha defensiva, ficou isolado e só teve de escolher o melhor ângulo para colocar a bola pela quarta vez na baliza.
Rude golpe para as aspirações canarinhas que, verdade seja dita, nunca deixaram de acreditar, sendo que os últimos lances de perigo surgiram na área do guarda-redes tricolor. Aos 83’, Parente só não assinou o terceiro, porque o esférico desviou na defesa e saiu para canto e, na sequência, Lanquetin cabeceou para uma boa defesa do recém-entrado guarda-redes, Heloine Correia.
Vitória da eficácia, apesar da boa réplica e crença mostrada pelo Estoril Praia que nunca deitou a toalha ao chão, mesmo quando a desvantagem era de dois golos.