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Drama das bolas paradas acabou com a esperança canarinha

25.01.2025
Drama das bolas paradas acabou com a esperança canarinha

O Estoril Praia recebeu, hoje, a equipa sensação da Liga BPI, o Torreense, no Estádio das Seixas, na Malveira, tendo sido derrotado por contundentes 0-4.

As canarinhas vinham de duas derrotas pesadas e apresentavam-se em campo com a inclusão de Mafalda Almeida mais adiantada no terreno, tendo como objetivo dar maior dinamismo ao ataque e consistência defensiva, sendo esta a única alteração relativamente ao encontro no Benfica Campus do passado domingo.

O jogo começou equilibrado com as equipas a estudarem-se mutuamente, mas rapidamente se percebeu os intentos da formação visitante que se foram instalando, a pouco e pouco, no seu meio campo ofensivo, obrigando a equipa da linha a recuar.

O primeiro lance de perigo surgiu logo aos dois minutos, através de um canto, momento do jogo em que as canarinhas mais tiveram problemas, à semelhança do que aconteceu no Seixal. Paloma Lemos ganhou um ressalto, tirou Meredith Haakenson do caminho e rematou em jeito, mas um desvio de Daniela Santos fez com que o esférico saísse ao lado do poste esquerdo de Adriana Rocha.

A ponta de lança americana do Estoril Praia tentou a primeira aproximação à baliza torreense, através de uma jogada individual em que ultrapassou duas adversárias e rematou de fora da área para boa defesa de Jenny. Contudo, dez minutos volvidos, Salomé Prat abriu o livro e centrou com toda a intenção para Paloma Lemos que atirou a contar para o fundo das redes, assinando o tento inaugural.

O golo acalmou as visitantes que começam a olhar para os lugares cimeiros da tabela classificativa como uma real possibilidade e enervou as estorilistas que demoraram a encontrar-se nos momentos posteriores ao golpe desferido pela médio brasileira.

A emoção só voltou à passagem dos 34 minutos quando Daniuska encontrou Paloma Lemos com um passe em profundidade e esta tentou fazer uso da sua boa meia distância, tendo o remate ficado curto e sendo defendido, com facilidade, por Adriana.

Foi o clique que o Estoril precisava para acordar e dar início ao seu melhor momento na partida. A capitã, Sara Brasil, tentou dar o mote com um remate de fora da área que não saiu nas melhores condições, porém, a mensagem foi passada, as canarinhas avançaram e, até ao intervalo, criaram muitas dificuldades às comandadas de Gonçalo Nunes.

A jogada que poderia ter dado outro rumo ao encontro e a mais perigosa das canarinhas nos 90 minutos, surgiu à passagem dos 38’, quando Mariana Campino combinou na perfeição com Sara Brasil, a médio ofensivo centrou para o coração da área onde apareceu Maria Malta a desviar, na passada, mas o esférico saiu ao lado do poste direito de Jenny que respirou de alívio.

Logo a seguir, Brasil, que tentou sempre dinamizar o ataque, combinou com Mafalda Almeida, esta entregou a Maria Malta que devolveu prontamente, mas a guardiã torreense, no cara a cara, foi mais lesta e agarrou a vantagem com uma saída destemida.

Aos 42’, nova jogada de entendimento entre Mafalda Almeida e Sara Brasil. A número 7 colocou a bola por cima da defensiva, Brasil entrou de rompante, ultrapassou a oponente e rematou com colocação, porém Jenny voltou a estar no caminho do esférico e negou o golo.

A última investida antes do intervalo teve como protagonista Haakenson que conduziu o esférico por vários metros e, cercada pela muralha torreense, rematou de fora da área para defesa atenta.

O Estoril Praia demorou a acordar, mas não merecia ir para o descanso em desvantagem, tendo em conta a saudável reação antes do intervalo.

Dois cantos ditaram derrota pesada

A segunda parte iniciou como terminou a primeira, com o Estoril por cima, a impor qualidade e atitude, embora sem criar grandes ocasiões.

Até que, aos 52’, quem brilhou foi a guardiã canarinha com uma defesa inacreditável a negar um remate forte de Raquel, após desmarcação fulminante de Prat e assistência de Daniuska, desviando a bola para o poste esquerdo.

A mesma Daniuska, cinco minutos depois, bateu o canto que iria definir a queda abrupta da equipa da linha, animicamente falando. A bola seguiu para o primeiro poste e Prat apareceu sem marcação a cabecear para duplicar a vantagem forasteira.

A partir deste momento, o Estoril Praia eclipsou-se e sucederam-se as oportunidades do Torreense. Adriana Rocha ainda foi mantendo a esperança com defesas importantes aos 67’ e 70’, esta última com um belíssimo voo a responder ao remate em jeito de Paloma. Porém, o caudal ofensivo era enorme e as dificuldades mantinham-se.

Dois minutos depois, através de mais um canto, o Torreense aumentou a vantagem, fazendo jus à corrente do jogo. O esférico foi batido na direita do ataque e Rafaela Rufino, nas alturas, desviou de cabeça para dentro da baliza.

A toada mantinha-se e Raquel tentou novamente a sua sorte, de fora da área, mas Adriana continuou a fazer o que podia e defendeu com segurança.

A estreante Rochinha ainda ameaçou na resposta a um livre lateral aos 82’, mas as redes canarinhas voltaram a abanar com o quarto e último tento do Torreense que não se fez rogado perante a apatia estorilista. Margarida Sousa surgiu pela direita, abriu na perpendicular para Daniuska que centrou atrasado para a zona de grande penalidade, onde apareceu Rufino para rematar sem hipótese para Adriana Rocha.

Tarde complicada para o Estoril Praia que não conseguiu fazer a diferença nos momentos cirúrgicos, acabando castigado com um resultado, quiçá, demasiado pesado, mas totalmente justo.

O próximo jogo das canarinhas está marcado para o dia 2 de fevereiro, pelas 15 horas, frente ao Clube de Albergaria, no Estádio das Seixas, na Malveira.


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