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Crónica: Viver na Praia

19.10.2025
Crónica: Viver na Praia

O Estoril Praia deslocou-se ao Estádio do Restelo e venceu o Belenenses, por 1-2, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, com o segundo golo canarinho a surgir nos instantes finais da partida.

Com três estreias com a camisola amarela, Turk, Antef Tsoungui e, posteriormente, Peixinho, os estorilistas começaram a partida com uma jogada de perigo, aos 7 minutos, por André Laxcimicant, que viria a ser o homem do jogo. O ponta-de-lança recebeu o passe em profundidade de Jordan Holsgrove, fez um túnel a Jorge Teixeira e, perante Gonçalo Pinto, tentou o golo, mas o guarda-redes levou a melhor.

Dez minutos depois, foi Tiago Brito quem testou a atenção de Gonçalo Pinto com um remate fulminante de longa distância com o guardião a ter apenas tempo de desviar para canto.

Começavam a ser várias as ocasiões para os visitantes inaugurarem o marcador e, aos 18’, foi a vez de Fabricio que se desmarcou após passe de Tsoungui e, em boa posição, atirou por cima do travessão.

Ao sinal mais do Estoril Praia, respondeu o Belenenses com um contra-ataque conduzido por Sambú que recebeu o passe de Eduardo e, pressionado por Felix Bacher, acabou por rematar com pouca força para defesa tranquila de Martin Turk.

André Laxcimicant foi sempre uma dor de cabeça para a defensiva dos azuis do Restelo e, muito à sua imagem, acreditou que poderia chegar à bola num atraso de Bandarra para Gonçalo Pinto. Assim o fez, tocou no esférico e foi derrubado pelo guarda-redes, lance que deu origem à grande penalidade convertida, de forma exímia, por Pizzi que se estreou assim a marcar com a camisola dos canarinhos, colocando, por conseguinte, os visitantes em vantagem.

Os meio milhar de adeptos estorilistas presentes em Belém quase festejaram a dobrar, pois, na jogada seguinte, Fabricio tentou a sua sorte, a bola desviou num defesa, subiu muito e sobrou para André que, isolado, cabeceou para defesa atenta de Pinto.

Sucediam-se as oportunidades e, aos 33’, Fabricio amorteceu de cabeça para Pizzi e o internacional português, vencedor de uma Liga das Nações, rematou de primeira para mais uma bela defesa do guardião belenense para canto.

Quatro minutos depois, Pinto voltou a destacar-se quando André, sempre ele, conseguiu receber o esférico na quina da área e, sob pressão dos centrais adversários, tentou o chapéu, ao qual o guarda-redes se opôs novamente.

O tempo de compensação da primeira parte apresentou um Belenenses mais atrevido e foi só aí que a equipa da Liga 3 conseguiu criar lances de registo nos primeiros 45 minutos. Miguel Bandarra deu o mote com um remate cruzado que saiu ao lado e, aos 45+2, foi Leitão que viu Bacher fazer um corte crucial após remate já na grande área.

Viver na Praia

O Belenenses terminou a primeira parte a incomodar a baliza do Estoril e a toada manteve-se no início da segunda e logo com o golo do empate, aos 50’. Diogo Paulo fez uma abertura para o corredor esquerdo onde apareceu Evandro, já dentro da área, a servir, de primeira, Eduardo Souza que só teve de encostar para o fundo das redes.

A equipa da Linha respondeu prontamente através de um livre direto batido por Holsgrove para o coração da área. Boma dividiu o lance com Pinto e o esférico sobrou para Bacher que foi impedido de encostar para golo pelos centrais adversários, com o árbitro a descortinar uma falta ofensiva que colocou fim à jogada.

Aos 58’, Tiago Morgado desferiu um remate potente para uma grande defesa do internacional jovem pela Eslovénia, Martin Turk. Pouco depois, foi Nuno Tomás que cabeceou ao lado depois de um canto batido por Evandro.

Após este momento, e sob bastante chuva, Ian Cathro promoveu as entradas de Lominadze, Pedro Carvalho e Yanis Begraoui e a formação da Amoreira voltou a tomar conta das ocorrências e a aproximar-se com perigo da área de Gonçalo Pinto.

João Carvalho, aos 67’, tentou o golo com um remate expontâneo que passou muito perto do ângulo esquerdo da baliza que tem o Rio Tejo como pano de fundo. Dois minutos depois, o capitão voltou a ameaçar com um centro perigoso que obrigou Gonçalo Pinto a intervir com uma defesa para a frente.

Já aos 83’, André Laxcimicant recebeu de Yanis à entrada da área, olhou para a baliza e desferiu mais um remate potente que saiu muito perto do poste esquerdo. Logo a seguir, foi a vez de Holsgrove testar a mira, mas o livre direto sobrevoou o travessão, causando, ainda assim, arrepios à defensiva do Belenenses.

Com a ameaça do prolongamento a pairar no ar, tal como nos primeiros 45 minutos, o tempo de compensação foi frutuoso em emoção, com a balança a pender para os estorilistas.

Aos 92’, os recém-entrados, Wilson Eduardo e João Machado quase faziam o golo da reviravolta. O avançado angolano apareceu pela direita, centrou atrasado onde chegou o lateral, na zona de grande penalidade e na passada, a rematar ligeiramente por cima da trave.

No lance seguinte, João Paredes, incomodado por Boma, conseguiu encontrar um pequeno espaço para rematar fortíssimo, cujo esférico explodiu nas mãos seguras de Turk que somou mais uma bela defesa.

“Quem não marca, sofre”, já ditavam os anciões e tinham toda a razão. Praticamente na última jogada do encontro, aos 94’, Yanis Begraoui roubou uma bola no meio-campo ofensivo, soltou para João Carvalho que devolveu ao franco-marroquino, este assistiu, com mestria, André Laxcimicant que disparou, sem apelo, nem agrado, para o fundo das redes e fez o setor visitante entrar em ebolição com o festejo canarinho a ecoar em uníssono em pleno Estádio do Restelo.

Por falar em ditados, o Estoril Praia reescreveu, desta forma, um: Morrer na praia? Não. Viver na praia. E que bom é “Viver na Praia”!

Com esta vitória, a equipa da Linha tem já encontro marcado na próxima fase da Taça de Portugal com o duelo marcado com o FC Famalicão da Liga Portugal Betclic. Também em jogo da primeira divisão, no próximo domingo, o Estoril vai receber no Estádio António Coimbra da Mota, o Nacional da Madeira, pelas 15H30.


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