A equipa de sub-23 do Estoril Praia deslocou-se hoje ao Estádio de São Miguel, nos Açores, para defrontar o Santa Clara, cujo resultado se fixou numa igualdade a uma bola.

As equipas entraram a estudarem-se mutuamente e o primeiro quarto de hora ficou marcado pelo equilíbrio a meio-campo, sem ocasiões.

A primeira oportunidade surgiu para o Estoril, por intermédio de Jordan Arnolin, aos 17’, quando este se elevou sobre todos num canto batido por Jan Montes, mas o esférico saiu ao lado, muito perto do poste direito de Neneca.

A resposta foi imediata, três minutos depois, Melvin ficou em boa posição e, frente a frente a Fletcher Lowe, tentou colocar o remate que saiu frouxo e o sul-africano, que acabara de regressar do Mundial de Sub-20, não teve dificuldade em pará-lo.

O jogo entrara numa fase mais ativa e, aos 23’, foi a vez de Luís Gomes testar a atenção de Neneca com um tiro de fora da área para defesa segura do guardião insular.

Logo a seguir, Melvin voltou a aparecer enquadrado com a baliza, depois de um passe picado, porém o seu cabeceamento não saiu com a força desejada e Lowe levou novamente a melhor.

Foram 15 minutos de parada e resposta, pelo que, aos 30’, Miguel Salgado fez uma desmarcação já dentro da área, Pedro Andrade endoçou-lhe o esférico e o avançado rematou para mais uma defesa segura de Neneca.

Dois minutos volvidos, foi Adriel quem não conseguiu desviar para o golo inaugural quando apareceu solto ao segundo poste.

A partir deste momento, o jogo acalmou e até ao intervalo não houve mais oportunidades perto das balizas.

Golos aparecem, igualdade mantém-se

Tal como na primeira parte, a emoção demorou a aparecer, mas desta feita, quando surgiu não mais sumiu.

Assim sendo, o primeiro lance foi protagonizado por Frank Aziz que, aos 55’, disparou forte e rasteiro ao lado, após recuperação alta de Luís Gomes.

Ao aviso estorilista, respondeu o Santa Clara, aos 60’, por intermédio de Tiago Queiroz, que, em velocidade e à entrada da área desferiu um grande remate para enorme defesa de Fletcher, em vôo, qual açor, para canto.

O jogo estava vivo, cheirava a golo e foi exatamente o que aconteceu a contar para o Estoril Praia, à passagem dos 63 minutos. Luís Gomes bateu um livre que passou em frente a vários elementos de ambas as equipas com a bola a aninhar-se no fundo das redes, sem que ninguém lhe tocasse.

Com o golo veio a chuva torrencial que influenciou a qualidade do espetáculo e só quando abrandou é que o futebol jogado no Estádio de São Miguel se aproximou das balizas. Aos 77’, Daniel Silva desperdiçou uma grande penalidade ao atirar por cima do travessão.

Contudo, dois minutos depois, Henrique Silva desviou um canto batido por Martim Madeira, ao primeiro poste e restabeleceu a igualdade no marcador.

O Estoril não se deixou afetar pelo golo sofrido e tentou voltar à vantagem logo a seguir com Gonçalo Monteiro a obrigar Neneca a defender, com uma estirada, para canto, aos 81’.

Já aos 84’, Luís Gomes, o inimigo número 1 da defensiva açoriana, assustou ao rematar de livre direto com o esférico a passar a centímetros do poste esquerdo.

O período de compensação foi também frutuoso nas oportunidades que começaram para o lado caseiro. Nascimento teve oportunidade para ser o herói do jogo, mas quem vestiu a capa foi Fletcher Lowe que fez uma defesa milagrosa e impediu o golo, aos 91’, numa jogada algo confusa.

Três minutos depois, Martim Madeira não aproveitou da melhor maneira um contra-ataque em superioridade numérica e rematou de meia distância para outra ótima defesa de Fletcher. No lance seguinte, Gonçalo Monteiro tentou a mesma estratégia, mas o tiro de fora da área foi parado por Neneca e, no seguimento, Léo Santos testou a mira, mas esta não estava afinada e a bola saiu ao lado.

Final da partida com os jogadores deitados no relvado, sintomático de muita ambição e luta de ambas as equipas que sempre procuraram a vitória e protagonizaram um belo espetáculo de futebol.