“Jogar na Liga era um objetivo que tinha há muito tempo” – Luís Ribeiro

Cinco jogos, cinco vitórias, eis o saldo de Luís Ribeiro ao serviço do Estoril Praia. O guarda-redes, que na última jornada se estreou na Liga NOS com uma vitória frente ao Paços de Ferreira, está feliz pelo seu percurso mas diz que o mais importante são as vitórias da equipa, quer na Taça, quer no campeonato, onde, entende, há muitos pontos em discussão.

1 – Contigo em campo o Estoril não perdeu nenhum jogo até aqui. Sentes-te uma espécie de amuleto da sorte?

Luís Ribeiro (LR) – Não! Acho que todos os jogadores são importantes. É verdade que nos quatro jogos para a Taça e neste último para a Liga ganhámos mas não quer dizer nada, é apenas uma coincidência. No caso deste último jogo também é consequência de a equipa ter vindo a evoluir, e eu fui só mais um a contribuir.

2 – Estreaste-te na Liga NOS este sábado. Que sensações te ficaram da tua prestação nesse jogo?

LR – Todos os jogadores gostam de jogar ao mais alto nível e jogar na primeira divisão era um objetivo que já tinha há muito tempo. Consegui concretizá-lo nesta última jornada e estou muito feliz, mais ainda porque conseguimos a vitória, depois de algum tempo sem ganhar. Isso foi muito importante para o grupo, que apesar de estar forte já merecia. A nível mais pessoal, fiquei contente pelo meu desempenho e só tenho de agradecer ao Estoril por ter apostado em mim.

3 – És um elemento bastante interventivo, quer no banco, quer nos treinos e jogos. Entendes que essa voz ativa é importante num jogador e, mais especificamente, num guarda-redes?

LR – A comunicação no futebol é muito importante, acho que todos devem comunicar. Há muito que sou assim, tem a ver com a minha personalidade também, sou uma pessoa que fala e brinca muito. Acho que estar no banco não é ser menos um e gosto sempre de contribuir. Todos são importantes, mesmo os que não jogam, porque quando perdemos perdemos todos e quando ganhamos é bom para todos.

4 – Tens colhido elogios sobretudo pela tua prestação na Taça de Portugal Placard. Que balanço fazes do teu desempenho até aqui?

LR – Os jogos da Taça têm-me corrido bem, mas a verdade é que ainda não marquei nenhum golo e se não tivéssemos marcado também não tínhamos conseguido o apuramento para as meias-finais. Claro que faço sempre a minha autoanálise depois dos jogos e dos treinos, e estou satisfeito, mas o mais importante é termo-nos apurado e irmos avançando na competição. Tenho uma Taça de Portugal pelo Sporting, fiquei na bancada do Jamor porque era terceiro guarda-redes, mas tenho a medalha em casa e só quem já passou por lá sabe como são únicos os sentimentos que isso proporciona. Poder regressar lá pelo Estoril seria extremamente gratificante.

5 – Como tem sido o trabalho com os treinadores Pedro Gomez Carmona e Sérgio Castiñeiras?

LR – Com o mister Pedro houve uma evolução, ele trouxe coisas novas, e penso que isso é visível apesar de os resultados não nos terem acompanhado. Depois costumo dizer que no futebol há duas equipas, a equipa que é o plantel todo e depois os guarda-redes, que é totalmente diferente. Somos quatro, com o Sérgio. Entre nós temos uma ligação completamente diferente. Todos trabalhamos bem, temos tido todas as ferramentas ao nosso dispor e no meu caso sinto uma grande evolução. Temos muitos pontos para ganhar até final e sei que aquele que dos três for chamado a jogo dará a melhor das respostas e cumprirá.

6 – Vem aí o Moreirense. Perspetivas para esse jogo?

LR – O Moreirense eliminou o FC Porto na Taça, o Benfica e ganhou a final com o SC Braga, três clubes grandes. Têm menos um ponto que nós mas isso é sempre relativo, porque no nosso caso acho que os pontos não refletem nada a qualidade que temos. Será um bom jogo, difícil. O Moreirense tem bons jogadores mas nós também e vamos lá para ganhar, como fazemos em todos os jogos.

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